Projeto RattleCam é uma transmissão ao vivo de centenas de cascavéis
Assistir a uma transmissão ao vivo com uma rumba de cascavéis pode não ser a ideia de um passatempo envolvente para todos, mas há pessoas por aí que estão fazendo exatamente isso.
É certo que muitos deles são cientistas com grande interesse no réptil, embora todos estejam convidados a assistir à transmissão ao vivo que mostra até 2.000 cascavéis deslizando pelo local no norte do Colorado.
Emily Taylor, professora de biologia da Universidade Politécnica da Califórnia que lidera a pesquisa do Projeto RattleCam, disse à Associated Press (AP) que a toca da cascavel “é uma das maiores que conhecemos”. Os pesquisadores criaram o Projeto RattleCam há alguns meses usando várias câmeras para cobrir vários ângulos.
O objetivo do projeto é conhecer mais sobre as cascavéis e conscientizar sobre a criatura, seu comportamento e sua importância no ecossistema.
A transmissão ao vivo permite que os cientistas observem o comportamento das cobras 24 horas por dia e a uma distância que não causa qualquer interferência. Com o fluxo aberto a todos, os cientistas cidadãos também têm entrado em contato quando identificam algo de interesse, ajuda que se mostra útil para os pesquisadores, principalmente se eles perderem alguma coisa.
A toca fica em uma altitude elevada e, nesta época do ano, apenas cobras fêmeas grávidas estão no local, já que os machos e as fêmeas que não estão grávidas passam o tempo em altitudes mais baixas próximas.
O relatório da AP aponta que, em contraste com outras cobras, as mães cascavéis tiram seus filhotes, protegendo-os dos predadores. “As cascavéis são realmente boas mães, as pessoas não sabem disso”, disse Taylor.
No momento em que este artigo foi escrito, cerca de 250 pessoas observavam o que parecia ser uma cascavel cochilando entre algumas rochas. Embora o site receba um fluxo constante de visitantes, espera-se um aumento nas visitas depois que os filhotes nascerem, no final do verão. Os pesquisadores também estão interagindo com comentários deixados no chat ao longo do dia.
Taylor descreveu a pesquisa como “é realmente um esforço de grupo, um esforço científico comunitário, que não poderíamos fazer sozinhos como cientistas”.
Algumas transmissões ao vivo focadas na natureza já acontecem há anos. A Digital Trends relatou um em 2012 mostrando ursos em um rio do Alasca, e a transmissão ao vivo continua até hoje.