Nova patente da Apple sonha com iPhones funcionando bem debaixo d’água

A Apple está explorando métodos que melhorarão a usabilidade dos iPhones quando expostos a cenários de muita umidade, como estar debaixo d'água ou na chuva. O objetivo principal é melhorar de alguma forma a sensibilidade ao toque da tela em tal cenário – ou pelo menos criar um sistema que possa oferecer sensibilidade ao toque suficiente para discernir entre um gesto válido baseado no dedo e um toque fantasma acidental da exposição a líquidos.

De acordo com um pedido de patente da Apple, uma das implementações pode incluir um sistema do tipo Force Touch – que a Apple deve trazer de volta totalmente – que medirá a quantidade de força exercida na tela. Esta patente lança a ideia de usar um sensor de detecção de entrada de força ou detector de carga para identificar o ponto de entrada de toque e, consequentemente, determinar se ele se originou de um gesto com o dedo ou apenas um respingo de líquido.

derramamento de líquido no iphone 13 pro

Existem vários caminhos técnicos nos quais o sistema proposto pode ganhar vida. Por exemplo, o sensor de luz ambiente acionará as coisas quando detectar que a quantidade de exposição à luz ambiente foi reduzida devido à umidade sobre o sensor ou no caso de atividade subaquática. Aqui, o sensor de luz ambiente serve como sensor ambiental, conforme a patente.

No entanto, um sensor de pressão que pode determinar eventos de imersão em água também pode servir como sensor ambiental. Um sensor eletromagnético que emite radiações como ondas infravermelhas também pode ser implantado como sensor ambiental para verificar se o espaço circundante está submerso ou coberto de água.

O conjunto de câmeras também pode ser usado para realizar análises de profundidade de seus arredores, estudando as características ópticas. Isso inclui o índice de refração do meio circundante, bem como o padrão de absorção de luz para analisar se o dispositivo está submerso em líquido. O pedido de patente lança a ideia de usar um sistema de capacitores para discernir entre “toque falso” e “toque verdadeiro”.

Caso um sensor ambiental detecte umidade acima da tela, os detectores de capacitância ajudarão o processador a calcular se a entrada de toque vem do usuário ou do líquido que cobre a tela. Um certo valor limite para mudança na capacitância na tela será definido, e qualquer coisa abaixo ou acima disso será categoricamente identificada como entrada de toque verdadeira ou falsa.

Hardware atualizado, software sensato

Além de melhorar a sensibilidade ao toque, a patente também fala sobre o ajuste de certos elementos da interface do usuário para facilitar o uso de um dispositivo debaixo d'água. Por exemplo, os ícones dos aplicativos mais usados ​​podem ser ampliados para facilitar o acesso. Além disso, a experiência do usuário de aplicativos como o aplicativo da câmera pode ser simplificada para tornar as coisas mais convenientes para os usuários.

iPhone 7 Plus
Julian Chokkattu/Tendências Digitais

Outra proposta fala sobre a atribuição de atalhos para algumas teclas personalizadas que aparecerão na tela assim que o dispositivo for submerso ou for detectada atividade de umidade pesada (como chuva). A ideia aqui é que, quando a entrada de toque usual é suscetível a falhas, essas teclas de atalho personalizáveis ​​permitem que os usuários executem rapidamente tarefas como clicar em uma foto, gravar um vídeo ou fazer uma chamada, entre outras.

Por melhor que pareçam as ideias descritas acima, lembre-se de que este é apenas um pedido de patente. Para simplificar, é apenas uma exploração de ideias técnicas que podem ou não aparecer em um iPhone. Mas depois de ler um punhado de patentes da Apple que exploram conceitos selvagens, como um MacBook de vidro curvo com um teclado sensível ao toque conectado ou um iPhone com o design do ralador de queijo do Mac Pro, este parece viável o suficiente para realmente funcionar.