Falha na ignição do Electric Muscle? Dodge retira o Charger Daytona R/T da linha 2026

O Dodge Charger Daytona R/T, antes aclamado como a vanguarda do futuro dos muscle cars elétricos da Dodge, será descontinuado para o ano modelo de 2026.

De acordo com um relatório do MoparInsiders , a variante Scat Pack agora liderará a linha Daytona, marcando uma mudança significativa na estratégia de veículos elétricos da Stellantis.

Originalmente apresentado com ambições ousadas, o Charger Daytona R/T foi projetado para oferecer uma porta de entrada acessível para o desempenho elétrico. Com seu motor duplo de 456 cavalos e kit de estágio Direct Connection opcional de 509 cavalos, ele parecia pronto para empolgar tanto os fãs de muscle cars quanto os novatos em veículos elétricos. No entanto, a realidade do mercado pintou um cenário diferente.

Reportagens da indústria e da mídia destacam o problema central: os compradores simplesmente não estavam interessados. Apesar de suas especificações impressionantes e toques nostálgicos de design, o R/T teve dificuldades para justificar seu preço inicial, próximo a US$ 60.000. Nesse patamar, os compradores esperavam mais desempenho ou mais recursos premium. Sem forte impulso de vendas, a Dodge tomou a difícil decisão de arquivar a versão R/T para 2026, optando por se concentrar em acabamentos que atraíssem mais clientes.

Como noticiamos em dezembro, o Charger EV foi lançado com uma mensagem de marketing excêntrica: "salvar o planeta dos veículos autônomos para dormir". O objetivo era manter a identidade da marca Dodge — potência, agressividade e engajamento do motorista — mesmo na era elétrica. O Charger Daytona R/T deveria ser o equilíbrio perfeito entre preço e desempenho, mas parece que o público-alvo não estava pronto para dar esse salto por aquele preço.

É importante ressaltar que isso não significa o fim do Charger Daytona por completo. Modelos de alto desempenho, como o Scat Pack e o Banshee, ainda estão em desenvolvimento e, curiosamente, estão sendo ajustados para garantir a competitividade de preços. Há relatos de que vários modelos estão sofrendo cortes de preço, sugerindo que a Stellantis leva a sério a ideia de tornar esses veículos mais atraentes e acessíveis.

Para os entusiastas, a conclusão é clara: o muscle car elétrico não vai a lugar nenhum, mas as montadoras ainda estão descobrindo como vendê-lo. O fim do R/T é menos um fracasso e mais uma recalibração — prova de que mesmo os planos mais ousados ​​precisam se manter flexíveis diante da demanda do consumidor.